Censo cadastra pescadores e marisqueiras da Baía de Todos os Santos e Iguape


Os pescadores e marisqueiras da Baía de Todos os Santos e Iguape estão sendo cadastrados através do Censo Solidário da Pesca. Os técnicos da Secretária Estadual da Agricultura (Seagri) já receberam informações sobre a quantidade de integrantes e o perfil socioeconômico de quase 150 comunidades pesqueiras das duas regiões. Com base nos dados, será criada uma política voltada para o setor e organizadas ações de capacitação e inclusão em programas sociais.
Os dados estão sendo fornecidos pelas próprias associações, cooperativas e colônias de pescadores e computados pela Bahia Pesca, órgão vinculado à Seagri. O levantamento começou em fevereiro e a expectativa é que, pelo menos, cem mil pescadores estejam catalogados até o final do mês. Ao todo, 13 municípios serão contemplados com um plano de fortalecimento da pesca artesanal.
Para o diretor geral da Bahia Pesca, Aderbal de Castro, estes pescadores ainda usam técnicas similares às utilizadas no século XVIII, e por isso necessitam de incentivos financeiro e técnico. “Estas pessoas praticamente só conseguem retirar do mar o suficiente para o próprio sustento. Muitos não sabem nem o que é um satélite, quanto mais usar um GPS para ir em busca dos cardumes a longas distâncias”, afirmou Aderbal.
Entre as ações previstas para os próximos meses está a criação de uma infra-estrutura de apoio aos pequenos pescadores. Em cinco áreas do estado, do extremo sul ao litoral norte, serão instalados entrepostos para o desembarque de pescado, equipados com fábrica de gelo e equipamentos adequados para manipulação e beneficiamento dos peixes. “Desta forma, eles podem conseguir um valor melhor e negociar a produção, mas antes estamos estimulando o trabalho em cooperativas para que eles mesmo administrem estes centros”, explicou. (JT)

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