PESCA DO TUCUNARÉ NO AMAZONAS DEVERÁ SER REGULAMENTADA AINDA NESTE ANO


Manaus – Pescadores que vivem nos municípios e comunidades às margens do médio Rio Negro estão preocupados com a continuidade do decreto estadual nº 22.304, que proíbe a pesca comercial do tucunaré na região que inclui os municípios de Barcelos, Santa Izabel e São Gabriel da Cachoeira.
O alerta foi feito pelo presidente da Colônia de Pescadores de Novo Airão, Evandro Cordeiro, para quem os pescadores enfrentam dificuldades desde 2001, quando a lei foi sancionada.
A assessora de Recursos Pesqueiros da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Joseli Bezerra, informou no entanto que a lei vai atuar na preservação do tucunaré e organização da pesca dessa espécie, de forma sustentável.


Em junho, explicou, a Assembléia Legislativa aprovou quatro novas emendas à lei estadual, entre as quais a de fomento aos estudos técnicos e científicos que promovam o zoneamento das áreas de pesca, definindo os locais adequados para a exploração comercial e esportiva.
A pesca esportiva é o principal produto turístico do Amazonas. O decreto é um passo para a regulamentação da atividade, que é ao mesmo tempo turística e ambiental, com o apoio de institutos de pesquisas e universidades. Na sexta-feira (6) enviamos o documento corrigido ao governo do estado e agora vamos aguardar a aprovação, ainda neste ano“, disse Joseli.
Com a aprovação da medida, estarão liberadas apenas a pesca esportiva e de subsistência. A pesca de outras espécies, como surubim, pacu, aracu e matrinxã, continua autorizada. Neste ano, a temporada de pesca esportiva no estado começará na segunda quinzena de setembro.
O presidente da Colônia de Pescadores de Novo Airão havia argumentado que, em função da lei, as famílias de pescadores tiveram seu universo de trabalho reduzido e prejudicado comercialmente.
Atualmente, em termos práticos, a decisão estadual está sem efeito, mas a qualquer momento o estado vai regulamentar a lei novamente. Estamos pedindo aos deputados do Amazonas um apoio para que a lei não traga prejuízos para o ribeirinho, que precisa pescar para se alimentar e também para ganhar dinheiro e sustentar sua família. Por conta da vigilância do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], o ribeirinho tem mais medo de encontrar um fiscal do órgão do que um jacaré no meio do rio“, enfatizou Evandro Cordeiro.
Agência Brasil

bezerraRio Negrosanta izabelsão gabriel da cachoeirasexta feira
Comments (0)
Add Comment