Projeto Piatam inicia pesquisa inédita na Amazônia


Pela primeira vez no estado do Amazonas, os parasitos de peixes serão usados como indicadores de alterações ambientais. A iniciativa é do Projeto Piatam, que faz o monitoramento da produção e transporte de petróleo e gás oriundos da Província de Urucu, em plena Floresta Amazônica, e é atualmente um dos maiores projetos de pesquisa na região.
De acordo com o ministério da Ciência e Tecnologia, um dos grandes desafios para a pesquisa na Amazônia é o de encontrar meios eficientes de detectar modificações em ecossistema tão complexo.
Os pesquisadores do Piatam pretendem identificar as espécies que podem indicar alterações ambientais, trabalhando integrados com as outras áreas do projeto, como Ecologia de Peixes, Limnologia e Macrófitas.


Os parasitos, que estão presentes em quase todos os níveis da cadeia alimentar, mostram-se extremamente sensíveis e respondem rapidamente às mudanças e alterações ambientais. A variação de indivíduos pode, portanto, indicar que o ambiente está comprometido.
A pesquisa em Ictioparasitologia irá, inclusive, ajudar a identificar novas espécies de parasitos na Amazônia. Existem cerca de 3 mil espécies de peixes e avalia-se que em cada uma exista pelo menos 15 espécies de parasitos.
Contudo, menos de trezentas são conhecidas. Ao contrário do que se pensa, eles não são prejudiciais e dificilmente causam a morte de peixes, a menos que haja alguma alteração provocada pela atividade do homem ou da própria natureza
Estima-se que existam cerca de 45 mil espécies de parasitos e por isso o trabalho dos pesquisadores da área de Ictioparasitologia será feito a longo prazo. Estão programadas atividades de coleta, preparação, fixação, conservação e identificação das espécies, o que ajudará a selecionar as que podem ser os bioindicadores ideais para o estudo.
O Piatam é um grande projeto de pesquisa socioambiental coordenado pela Petrobras e pela Ufam – Universidade Federal do Amazonas, realizado ao longo do trecho do rio Solimões, entre Coari e Manaus.
Com recursos da Finep/MCT – Financiadora de Estudos e Projetos e da Petrobras, o projeto gera informações de qualidade para a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável da região pesquisada. (JB Online)

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