Campeonato Mundial de Pesca é aberto em Vitória

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O Campeonato Mundial de Pesca será aberto oficialmente neste domingo (14) com o desfile das delegações, às 9h30, no final da Praia de Camburi. De terça até sexta-feira, 14 seleções masculinas e nove femininas medirão forças para descobrir qual é o melhor país do mundo nesta modalidade. É a primeira vez que a competição é promovida fora da Europa.
E para dirigentes da Confederação Brasileira e da Federação Capixaba de Pesca e Desportos Subaquáticos o sucesso de sua realização abrirá portas para outros eventos de âmbito mundial.
O presidente da Confederação, Eduardo Bracony destacou que a cidade se preparou muito bem para sediar o evento. “Até agora só recebi elogios dos dirigentes de fora. Eles estão adorando Vitória. Vamos agora torcer para muita gente prestigiar a cerimônia de abertura e mostrar o calor humano dos capixabas”, disse.
Bracony destacou que os pescadores de outros países ficarão agradavelmente surpresos com o tamanho e a quantidade de peixes disponíveis no litoral capixaba. “Eles vão constatar que a pesca fora da Europa é bastante produtiva, mais até que imaginam”, comentou.
Para o dirigente o Brasil tem forte favoritismo na categoria feminina e deve brigar para ficar, pelo menos, entre os três primeiros no masculino. “Somos pentacampeões mundiais no feminino e vamos lutar pelo primeiro título no masculino. Já chegamos perto várias vezes”, afirmou.
O Espírito Santo será representado no Mundial por quatro pescadores: Márcio Maciel (capitão da seleção brasileira masculina), Carla Batisti (reserva da seleção brasileira feminina), Sebastião Oggioni (sub-capitão da seleção brasileira feminina) e Ednei Bernabé (assessor técnico da seleção brasileira masculina).


O mais novo da equipe brasileira é Eduardo Metzger, de Santa Catarina, que tem 26 anos. Eduardo não esconde a ansiedade. “Na verdade, espero este momento há várias temporadas. Sempre venho me aperfeiçoando, comprando equipamentos de ultime geração para estar competitivo. Agora sonho muito com o título, embora reconheça que o nível técnico é altíssimo”, disse.
O capixaba Ednei Bernabé não esconde que o Brasil é um dos favoritos, mas espera uma competição equilibrada. “Pelo fato de sediarmos, constamos entre os mais cotados para vencer, mas em compensação temos que controlar a ansiedade. Então acaba ficando bem parelha a disputa”, disse.
Não faltará rigor da arbitragem no Campeonato Mundial de Pesca. Quem adverte é o presidente da arbitragem, o gaúcho Irineu Jacob Kloeckner, que já está em Vitória para participar da competição que reunirá 14 seleções masculinas e nove femininas.
Segundo Irineu, uma das mudanças mais relevantes em relação às regras adotadas nos eventos de âmbitos nacionais será na atuação dos capitães. “Nos campeonatos nacionais, o capitão tem uma participação mais próxima dos atletas. No Mundial, eles terão que ficar em uma área previamente delimitada, nem tão perto”, destacou.
O tamanho das raias por atletas também será bem diferente. “No Brasileiro, cada atleta teve algo em torno de sete metros para atuar. No Mundial será, no mínimo, 20 metros. Na Europa, aliás, eles geralmente competem em uma raia de 50 metros”, afirmou.
Outra modificação será em relação ao sorteio dos boxes. “O pescador não trocará mais de boxe nos intervalos como ocorre no Brasileiro. Ele ficará durante quatro horas no mesmo local. Tem que torcer para ter sorte no sorteio”, disse.
As seleções masculina e feminina do mesmo país atuarão praticamente juntas, ao contrário das competições nacionais nas quais as equipes são divididas nos boxes por meio de sorteios, ficando geralmente longe umas das outras. “Será feito um só sorteio. A seleção que for sorteada para determinado boxe, competirá naquele espaço com os atletas das duas categorias”, comentou.
Os alemães treinaram forte nas areias da Praia de Camburi com planos de fazer história Mundial. “É a primeira vez que estamos no Brasil e gostamos muito de Vitória. O tempo está ótimo e esperamos realizar bons treinos para obtermos no Campeonato Mundial um grande resultado”, disse Nils Grunwald, integrante da seleção masculina.
Os escoceses buscaram se adaptar às características do mar capixaba. Não querem ser coadjuvantes no torneio. “Adoramos o clima, a cidade é linda, mas estamos aprendendo a pescar nestas condições totalmente adversas para nós”, destacou Barry Scholes, da seleção escocesa masculina.
Barry antecipa que a equipe atual da Escócia é uma das mais competitivas dos últimos tempos. “Vamos lutar pela medalha de ouro. Se conseguirmos será uma grande conquista”, disse.
O italiano Giuseppe Contarino espera uma competição difícil. “Aqui é tudo diferente. A água é escura, a praia um pouco mais rasa e não há grande incidência de peixes grandes”, disse.
O capitão da seleção brasileira, Márcio Maciel, faz um apelo aos cidadãos capixabas: “compareçam em massa no domingo às 9h30, no final da Praia de Camburi (em frente ao Hotel Canto do Sol) para a solenidade de abertura do I Campeonato Mundial de Pesca no continente americano”.
O motivo da solicitação é que este Mundial de Pesca é o pontapé inicial para tornar o Espírito Santo à capital mundial de pesca em água salgada.
O estado já é reconhecido internacionalmente pela pesca de peixe de bico, se formos hospitaleiros e fizermos um grande Mundial de Pesca de praia, seremos fortes candidatos a trazer as outras diversas modalidades de pesca para cá‘, comentou Márcio.
Programação
Na segunda-feira serão realizados os últimos treinos oficiais na Praia de Camburi, de 8h30 as 12h30 . No dia 16 será promovida a primeira prova, na Praia de Camburi, de 8h30 as 12h30. No dia 17 é a vez da Praia do Riacho, em Guarapari, de 10h as 14h receber os pescadores.
No dia 18 as delegações competirão em Regência, em Linhares, de 10h as 14h. No dia 19 a competição volta para a Praia de Camburi, das 8h30 às 12h30. E no dia 20 serão efetuadas as entregas das premiações. No dia 21, as delegações partem para seus países.
Redação Gazeta Rádios e Internet

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